Lamana Camargo

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São Paulo, SP, Brazil
jornalista, consultor de marketing, 44 anos, casado, brasileiro, palmeirense

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tenha coragem de mudar


Recursos Humanos
Portal HSM - 27/07/09

Leia a história de um profissional que buscou, por meio de suas próprias qualificações, novas oportunidades profissionais. O relato é contado pelo nosso colunista e blogueiro Julio Sergio Cardozo.

Esta semana, visitei Andras Dobroy - um dos ícones do mercado de “hunting” (recrutamento e seleção)do país, que se tornou um grande e estimado amigo. Em um certo momento da conversa, ao lembrar de sua trajetória profissional - que inclui passagens pela Ford, Chrysler e Spencer Stuart; inclusive fora do Brasil -, fiquei surpreso com a reviravolta que ele deu na carreira quando tinha apenas 40 anos.

Abandonava a longa estrada de sucesso na vida corporativa para saltar em voo solo. Uma atitude corajosa para quem nasceu em uma geração que vestia a camisa da empresa. Não só invejável foi sua determinação como seu perfil visionário pode ser digno de aplausos. Logo que entrou na Spencer Stuart, Andras vislumbrou a possibilidade de ser dono do próprio nariz. “Minha limitada, mas aguçada percepção de futuro me fez enxergar os passos que daria lá na frente”, me revelou.

Daquele dia em diante, começou a pensar que a vida corporativa não seria eterna ali - isso lá pelos 35, 37 anos. Visão perspicaz de quem entendeu que há fases em que é preciso mudar; seja mudar de área, de cargo, de posição, de emprego. Não podemos ignorar que o tempo é o senhor da razão, se soubermos olhar o tempo como um importante aliado para repensar nossas ações e decisões.

Não esqueça que você é o timoneiro do barco, de sua carreira. Não deixe o vento te levar para qualquer porto. Tenho outra amiga que enfrenta neste momento uma etapa crucial em sua vida profissional. Aos 38 anos, vive um grande dilema porque sabe que precisa dar uma guinada, mas não sabe que rumo tomar. Ela sofre, chora, tem crises de depressão.

De fato, transições nunca são fáceis. É preciso ter coragem e ousadia para mudar. Mudar sempre gera medo e, certamente, representa uma das tarefas mais difíceis. Saber que caminho perseguir é um enorme desafio. Mas o mais importante é não cometer o erro de tentar ignorar a hora de mudar. O encontro com Andras só reforçou minha percepção de que o profissional tem prazo de validade.

Quem chegou aos 40 e ainda não ocupa um cargo de liderança, provavelmente, ficará estagnado, com poucas chances de dar um salto. As empresas continuam querendo sangue novo e não tem jeito, se você está á beira dos 40 é preciso reavaliar a carreira e saber quando terá que se reinventar. O importante é identificar o momento certo de mudar e ter coragem para conduzir seu próprio barco.

Os “headhunters” americanos usam a expressão “repot”, literalmente transplantar o arbusto de um vaso para outro para dar nova vitalidade, para caracterizar o momento de reavaliar o progresso profissional e, eventualmente, trocar de empresa.

Assim é nossa vida profissional e corporativa. Há momentos em que precisamos mudar de ares, mudar de empresa, mudar de profissão, mudar de país. Como o arbusto, a mudança de vaso tem que ser acompanhada de terra nova e adubada para revitalizar.

Não estaria na hora de você reavaliar a sua carreira e dar um impulso revigorante?

Por Julio Sergio Cardozo (palestrante, autor e consultor em gestão corporativa e “coaching” para executivos e presidente da Julio Sergio Cardozo & Associados).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Investimento publicitário cresce, apesar da crise


O Estado de S. Paulo -
Marili Ribeiro - 20 de Julho de 2009
Para publicitários, aumento de 5% no primeiro semestre, embora[br]menor que o de anos anteriores, mostra que setor vem reagindo bem

O mercado publicitário fechou o semestre com crescimento de 5%, segundo dados do Ibope Monitor, com os investimentos de R$ 28 bilhões no período. Se não chega a ser um número nos níveis registrados nos últimos anos, o mercado publicitário acredita que, pelo menos, ficou longe de ser uma catástrofe. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, Luiz Lara, o valor mostra que o mercado consumidor reagiu bem às iniciativas do governo e acena com um segundo semestre mais sereno.

"Ainda será um ano difícil", diz Lara. "Repetiremos no fim do ano um índice de expansão não muito diferente do obtido no primeiro semestre." Lara faz questão de dizer que não se trata de um ataque de pessimismo, mas apenas de observação do cenário geral. "Mas é claro que, diante de mercados como o europeu, onde os investimentos encolheram 35%, ou do americano, onde a inadimplência de alguns anunciantes chega a 50%, o Brasil é um paraíso.

"Os números do Ibope Monitor também confirmam o que os executivos do setor vinham apontando, como o aumento da participação da televisão aberta no bolo publicitário em quase 13%, movido pelas promoções para estimular vendas, e também o avanço da internet em mais de 20%. Essa última, como reconhecem alguns, motivada pela redução da verba de anunciantes, que deixam outros canais aonde os custos de veiculação são maiores. "Os grandes clientes em geral não promoveram migração de verbas", diz Marcos Quintela, presidente da agência Young & Rubicam, que lidera o ranking das maiores agências do País. "Mas, nos clientes menores e que tiveram de reduzir verbas, houve um movimento de concentração de esforços na publicidade online."

Embora ainda longe do vigor que vinha apresentando nos últimos anos, alguns segmentos mostram sinais de recuperação. O de imóveis, por exemplo, que foi um dos mais duramente atingidos pela crise, volta a apresentar algum crescimento, motivado principalmente pelos programas de incentivo do governo. Consequentemente, as empresas também começam a voltar para a mídia.

O grupo Eugenio, um dos maiores na área de marketing imobiliário no Brasil, sentiu na carne a retração dos negócios e se viu obrigado a demitir 120 funcionários e a promover uma reorganização de sua empresa. Mas o início de retomada nos negócios está aliviando o que parecia dramático, na opinião de Maurício Eugenio, presidente do grupo. "A crise não foi de consumo, foi de produção. As empresas viram o seu valor derreter na Bolsa de Valores. Mas o governo priorizou a indústria imobiliária e já estamos sentindo os reflexos", diz.

Segundo ele, as vendas de imóveis não devem voltar aos níveis anteriores à crise. O valor médio das compras também deve cair bastante, já que a produção para a classe média alta começa a dar lugar para a baixa renda. Mesmo assim, Eugenio está otimista e voltou a contratar. Acredita que, até o fim do ano, vá abrir 40 novos postos.
O fluxo de trabalho nas agências de publicidade e produtoras se mantém por conta de categorias que, até agora, se viram menos afetadas pela crise e receberam algum estímulo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O consumo interno é apontado como um dos responsáveis por uma retomada das contratações nas agências. A diferença é que os padrões salariais são outros, mais baixos. Consultores dizem que esse novo patamar veio para ficar e muitas agências fizeram ajustes para reorganizar suas estruturas, e nem tanto por perda de faturamento.

domingo, 19 de julho de 2009

Era espacial trouxe avanços práticos à vida na Terra

G1 - 19/07/2009

Teflon, GPS e código de barras surgiram a partir de pesquisas espaciais.Invenções se intensificaram com chegada do homem à Lua, há 40 anos.


O forno de micro-ondas, o velcro, o Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), as lentes de contato e o laser são objetos e instrumentos que já se tornaram corriqueiros, mas que não existiriam hoje se não fossem as tecnologias desenvolvidas a partir de pesquisas espaciais.

Confira toda a cobertura sobre os 40 anos do homem na Lua


Desde que os Estados Unidos e a antiga União Soviética (URSS) iniciaram a corrida espacial no fim dos anos 1950, mas, sobretudo, desde que o homem pisou na Lua, há 40 anos, as invenções para o espaço e suas aplicações na Terra passaram a fazer parte de nossas vidas.

As coisas seriam muito mais difíceis hoje se não existissem os equipamentos sem fios, as fraldas infantis descartáveis, as frigideiras de Teflon antiaderentes, os termômetros digitais ou o simples código de barras, que simplificou o comércio e que foi uma invenção da Nasa (agência espacial americana) para identificar as milhares de peças de suas naves.

"É fascinante a forma como as tecnologias desenvolvidas para a prospecção espacial entraram em nossas vidas", afirmou Karina Edmonds, ex-funcionária do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa.

"As pessoas se espantariam se soubessem quantas coisas usadas em suas vidas diárias tiveram origem nos esforços científicos da Nasa", acrescentou. Debora Wolfenbarger, do Programa de Inovações do JPL, disse à Agência Efe que a tecnologia espacial teve e continua tendo um grande impacto na vida do cidadão comum.

Orçamentos para o espaço

Já que a porcentagem que a prospecção espacial recebe do orçamento geral é muito pequena, Débora considera que o investimento tem valido a pena. O orçamento geral foi de US$ 2,9 trilhões em 2008 e 0,6% desse total foi atribuído à Nasa.

No dia 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong foi o primeiro homem a deixar sua pegada na Lua. A partir desse dia, os saltos da ciência espacial foram gigantescos. E muitas de suas aplicações entraram na vida cotidiana em qualquer lugar do planeta e começaram a ser comercializadas sem surpreender ninguém.

Desde os dias que o programa Apollo levou Armstrong à Lua, satélites científicos, meteorológicos e de comunicações transmitem suas imagens a todo o mundo. A informação dos satélites meteorológicos se transformou em um elemento vital para a previsão precisa do tempo, com vários dias de antecedência.

Esses mesmos satélites são os que determinaram o degelo das calotas polares causado pelo aquecimento global, assim como o grau de poluição no planeta.

Invenções mais importantes

Para os cientistas, a aplicação mais importante da ciência espacial foi o GPS (Global Positioning System), que permite localizar com precisão um ponto em qualquer lugar do planeta com a ajuda de satélites.
Segundo a Nasa, por trás da simplicidade deste equipamento existe um conhecimento científico enorme sobre o movimento e as mudanças registradas na Terra.

O sistema, que já se tornou habitual em automóveis e até em telefones celulares, tem aplicações científicas muito relevantes, porque pode localizar o movimento das placas tectônicas, medir o aumento dos níveis marítimos e, sobretudo, tornar a navegação aérea muito mais segura, segundo a Nasa.

A lista das aplicações da era espacial à vida diária, quase interminável, inclui também os sensores infravermelhos que medem as ondas de calor dos planetas e das estrelas, que agora foram incorporados aos termômetros sem mercúrio. O equipamento com o qual Armstrong perfurou as pedras lunares que trouxe à Terra abriu caminho para o desenvolvimento de aparelhos sem fio.

Os monitores cardíacos para controlar a saúde dos astronautas são usados hoje nos hospitais, assim como as lentes de contato, desenvolvidas para proteger os navegantes do espaço da luz ultravioleta. Outra invenção é o Teflon, que foi criado para proteger os foguetes e os alimentos desidratados na falta de gravidade do espaço. Hoje ele é usado para cobrir frigideiras, o que facilita na hora da lavagem, já que elas se tornam antiaderentes.

O último dos avanços da era espacial é um sistema de conversão de urina em água potável, que já é usada nas naves e na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). No entanto, este avanço ainda não chegou à Terra.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Consumidor quer provar mais e poder das líderes encolhe


Valor Econômico - 13/07/2009 12:17:02 -


Pesquisa: Mais de um terço das marcas preferidas perde parte da confiança depositada pelo brasileiro

O consumidor continua confiando nas mesmas grandes marcas - creme dental Colgate, iogurte Danone, sabão em pó Omo, eletrodomésticos Brastemp, cartão de crédito Visa, entre outras que, não por acaso, costumam ser líderes de mercado. O problema para essas marcas é que tem sido difícil manter-se no topo da confiança, uma vez que o brasileiro se mostra cada vez mais disposto a experimentar antes de dar o seu aval. Ao mesmo tempo, há o risco de falhas na estratégia de comunicação das primeiras colocadas, especialmente quando se trata de categorias menos populares, como previdência privada e vitaminas, onde cresce o número de consumidores que não se sentem à vontade para indicar nenhuma marca de confiança.

Estas são as principais conclusões da pesquisa realizada pelo quinto ano consecutivo pelo Ibope Inteligência para a revista "Seleções Reader's Digest", com 1,5 mil leitores da publicação em todas as regiões do país. Realizado em junho, pela internet, o levantamento identificou qual a marca mais confiável para o brasileiro em 46 categorias de produtos e serviços. Em relação à pesquisa de 2008, as líderes deste ano continuam basicamente as mesmas, com a diferença de que mais de um terço das marcas (37%) perdeu parte da confiança depositada pelo brasileiro.

É o caso da Kellogg's, que continua no topo da lista de cereais matinais, mas o grau de confiança na marca caiu de 51% para 41% este ano. Também a líder Brastemp, de eletrodomésticos, saiu de 62% para 54%, e o iogurte Danone caiu de 36% para 31% este ano. O índice de confiabilidade na malharia Hering, por sua vez, diminuiu de 49% para 42% em 2009. São variações superiores à margem de erro de 2,5 pontos. Segundo o diretor executivo da "Seleções", Luis Henrique Fichman, a confiança conferida a boa parte das marcas líderes não necessariamente migra para as concorrentes. "O consumidor prefere não apontar um nome quando não tem certeza da sua confiabilidade", afirma Fichman.

Em muitos casos, nenhuma marca foi indicada nas respostas espontâneas. Em 18 das 46 categorias pesquisadas, inclusive, cresceu o total de consumidores que decidiu não eleger nenhuma marca como confiável.

Em algumas categorias, esse percentual superou a barreira dos 20%. São os casos de vitaminas (35% dos entrevistados não indicaram qualquer marca este ano e no ano passado a fatia foi de 17%), previdência privada (25% neste ano e 17% em 2008) e ração para animais domésticos (21% e 17%, respectivamente). Mesmo na popular categoria de tintura para cabelos, bastante disputada, 19% dos consumidores não apontaram uma marca confiável este ano; em 2008, esse percentual havia chegado a 12%.

Outras categorias com aumento do número de não-respondentes foram maquiagem (subiu de 9% para 16% este ano), malharia (também de 9% para 16%), fralda descartável (de 7% para 12%), absorvente higiênico (de 5% para 12%), companhia de seguro (de 5% para 11%), protetor solar (de 3% para 9%) e até mesmo aparelho celular (de 3% para 7%), uma categoria que investe bem em publicidade.

Na opinião do presidente do Ibope Inteligência, Nelson Marangoni, esse comportamento pode indicar falhas na comunicação. "Talvez a marca não esteja levando a mensagem da maneira correta para o público-alvo, daí a dificuldade de fixar o seu nome e mesmo de aumentar as vendas da categoria", diz Marangoni.

Houve, no entanto, quem apresentasse desempenhos surpreendentes. A crença do consumidor na marca da operadora de telefonia fixa Oi, por exemplo, antiga Telemar, subiu de 35% para 43% este ano. Já a confiança no detergente líquido Ypê aumentou de 39% para 45%, enquanto a margarina Qualy aumentou o grau de confiabilidade na sua marca de 27% para 33%.

Alguns líderes de 2008 passaram a dividir espaço com marcas que estavam na segunda posição. É o caso do analgésico Tylenol, que continua na liderança, mas agora tecnicamente empatado com Dorflex e Anador, ou do Ades, que passou a dividir a primeira posição em sucos com a Maguary. A General Motors (GM), por sua vez, continua na dianteira da categoria automóvel, a despeito da crise da matriz americana. A diferença é que, no ano passado, a GM estava tecnicamente empatada com Volkswagen, e agora passa a dividir o pódio com a Fiat.

A única reviravolta no ranking das marcas mais confiáveis deste ano ocorreu na categoria maquiagem, em que a Avon deixou o empate técnico com a Natura e subiu isolada para a primeira posição.

A amostra da pesquisa ficou balanceada entre ambos os sexos (51% mulheres e 49% homens). Dos entrevistados, 55% têm curso superior completo, 66% são casados e 55% têm entre 40 e 59 anos. Atualmente, a circulação da revista "Seleções" está em torno de 400 mil exemplares mensais, sendo que 90% são assinantes.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Líder, eu?



Por Fábio Azevedo
www.lideraonline.com.be


Líderes surgem, crescem, aparecem e não se autointitulam. Eles são reconhecidos e seguidos, colocados no topo. O verdadeiro líder não busca a liderança, executa-a de fato, com instinto e também com habilidades e competências, que podem ser adquiridas e compreendidas, porém não pré-concebidas.

Liderar é muito mais que simplesmente dar ordens, apontar o dedo e mandar fazer. Um líder puxa a fila, dá o exemplo e pode sim ser servidor. Entretanto, ele precisa inspirar confiança, identificar habilidades e aprender a diferença entre os desejos e as necessidades de seus colaboradores. Comandar é uma competência que pode e deve ser adquirida, mas floresce dentro daqueles que, muitas vezes, só possuem o instinto de liderança.

E você, será que é um líder? Será que gostaria de ser? Está disposto a pagar o preço? Pois bem, se respondeu positivamente essas perguntas, seja bem-vindo ao time dos que pegam no pesado, preocupam-se com o todo, geralmente trabalham mais que os outros e procuram sempre ser o exemplo a ser seguido. Mas não se preocupe. Caso você tenha entrado para esse grupo, suas recompensas virão em breve!

Um líder nato costuma ter sobrenomes, como: iniciativa, perseverança, objetividade, paciência, flexibilidade, sensatez, justiça, positivismo e compromisso. Qualidades assim estão sempre presentes naqueles que são reconhecidamente bem-sucedidos, que lideram por prazer e satisfação, sentem e fazem o que precisa ser feito, independentemente da quantidade de carga que terão de assumir.

O líder promove autoestima e automotivação, faz com que seus liderados sintam prazer em seguir seus passos, gera a alegria e satisfação no ambiente em que atua e contagia a todos com seu alto nível de motivação. Dessa forma, sempre adquire lucros, produz resultados e mantém os colaboradores na mesma direção, rumo ao objetivo em comum.

Aquele que lidera precisa ter comunicação direta, objetiva e franca, sempre dizendo o que deve ser dito, sem delongas e pormenores. Somente assim suas palavras terão o efeito necessário e sua visão será compreendida. Em contrapartida, constantemente sabe a hora de fazer elogios, incentivar e mostrar reconhecimento pelo trabalho bem-feito, pois todo e qualquer funcionário adora quando seu líder agradece e elogia sua tarefa bem desempenhada. Esse simples gesto pode transformar um homem e revolucionar uma empresa, porque o elogio é o combustível do liderado dedicado.

Um líder que objetiva o sucesso possui uma maneira de liderança 360º, pois seu poder de influência abrange desde seu chefe até o colaborador com atribuições mais simples no processo hierárquico, mas isso só acontece quando o líder faz seu trabalho com excelência, entrega resultados, metas e objetivos cumpridos.Para você ser um líder, sua principal tarefa, a partir de agora, será ouvir, observar, servir, executar e concluir. Assim, seus passos serão seguidos, sua voz será ouvida, sua energia influenciará a todos a sua volta e, naturalmente, sua liderança será conhecida e reconhecida.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ponto de venda se reinventa


O ESTADO DE S. PAULO
Segunda-Feira, 06 de Julho de 2009
Design diferenciado das lojas se transforma cada vez mais em ferramenta de marketing
Marili Ribeiro
Há dez anos, o casal Nelson Rocha e Claudia Salto começou um negócio simples de apoio às ações promocionais de empresas, fazendo a ambientação em eventos, festas e pontos de vendas. Dos R$ 804 mil que faturaram em 1998, quando empregavam 12 funcionários, passaram para R$ 19,7 milhões no ano passado, mantendo 120 funcionários fixos. Todos trabalham em um galpão onde não apenas projetam cenários e adereços, como também fabricam as peças que saem das pranchetas de criação da própria equipe.


Com um nome inspirado nos estúdios do cineasta italiano Frederico Fellini, a agência Criacittá de Marketing Cenográfico atende a clientes como a indústria Alpargatas, na linha Havaianas, com a criação de displays para exposição das sandálias em lojas não só no Brasil, mas também no exterior. Hoje, a Criacittá mantém um escritório em Paris para atender as lojas que vendem Havaianas. Durante dois anos seguidos, a empresa fez toda a decoração do espaço que as sandálias ocuparam na loja Louis Vuitton de Tóquio. Eles também assinaram o projeto exposto nas seis vitrines da Printemps, em Paris, para as Havaianas.


Entre os outros clientes da Criacittá estão a TAM - em eventos e no museu da companhia aérea em São Carlos (SP) com café, restaurante e butique; a indústria de alimentos Kraft, com o recente desenvolvimento de quiosques de supermercados para a os chocolates Lacta; e também a criação e implantação da loja conceito da rede varejista Magazine Luiza, que funciona no shopping Aricanduva e tem uma padaria em seu interior.


"Comecei fazendo cenografia para eventos e percebi que fazia comunicação. Resolvi investir no conceito", conta Rocha. "O mundo foi ficando muito rápido e o ambiente de vendas passou a ter a obrigação de reter a atenção do consumidor e de prolongar sua estada para estimular a compra." Ao perceber o interesse crescente dos clientes, Rocha patenteou a sua marca "marketing cenográfico", e considera que não tem concorrente direto no mercado, porque nenhuma outra empresa entrega o serviço de ponta a ponta, da criação à execução e montagem final.


Mas, se não tem concorrente direto, Rocha sabe que tem indiretos, como os escritórios de design e as empresas de marketing direto. Isso porque sua empresa costuma trabalhar em parceria com agências de eventos, como é o caso da B/Ferraz, do grupo ABC.Luciano Deos, sócio e diretor da Gad Branding & Design, reconhece que o mercado para projetos que buscam transformar locais de varejo em "experiências de compra" é crescente nos últimos cinco anos. "O ponto de venda é um dos principais pontos de contato com o consumidor. Criar espaços que tenham sons, cheiros e texturas que permitam associação com uma marca é algo que até mesmo a indústria está buscando", diz ele, ao lembrar das chamadas lojas-conceito que invadiram o mercado nos últimos anos. Há inúmeros exemplos, que vão da famosa loja da Apple na 5 ª Avenida, em Nova York, à da Samsung, no Shopping Morumbi, em São Paulo.


A Gad desenvolve da estratégia e linguagem visual à implementação nos pontos de contato. Para a execução em si, a Gad contrata terceiros, como engenheiros e arquitetos. Entre os projetos que implantou nos últimos anos com essa filosofia estão as lojas para as empresas de telecomunicação Oi e Claro. Atualmente, a empresa trabalha em projetos para a Vivo e Telefônica, entre outros. Cada vez mais sofisticados e criativos, os pontos de venda se transformaram em ferramentas de mídia, deixando de ser apenas um canal de venda.