Lamana Camargo

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São Paulo, SP, Brazil
jornalista, consultor de marketing, 44 anos, casado, brasileiro, palmeirense

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mitos e dicas sobre motivação


Escrito por Wilson Gotardello Filho
em 06.22.2009

Há algumas semanas Wilson Gotardello Filho escreveu em seu blog sobre
como motivar seus funcionários sem gastar muito. O tema gerou uma discussão legal, e acho que vale a pena voltar ao assunto. O americano David G. Javitch, Ph.D. em gestão empresarial e colunista da Entrepreneur, apontou cinco mitos em relação à motivação e dez maneiras rápidas de motivar os funcionários de uma empresa.
Segundo Javitch, os mitos são:
- Dinheiro motiva: apesar de deixar o funcionário empolgado com a função e a empresa, pesquisas indicam que aumento salarial ou bônus caem no esquecimento dos agraciados em seis meses.
- Manter os funcionários felizes é importante: para agradar os funcionários durante os intervalos e almoços, algumas empresas oferecem videogames, outras autorizam chamadas telefônicas de longa distância. Segundo Javitch, isso é ineficiente. A satisfação dos funcionários durante os intervalos não significa que eles terão melhor rendimento durante o expediente.
- É melhor ignorar os conflitos: muitos empresários estão tão preocupados em ser legais com os funcionários que acabam fugindo de suas responsabilidades. Não repreender um empregado com comportamento instável não leva a nada.
- Algumas pessoas são desmotivadas por natureza: todo mundo pode ser motivado, mas por razões diferentes. O desafio de um bom líder é descobrir o que motiva um funcionário displicente (isso se valer a pena manter a pessoa na empresa, claro)
- Funcionários inteligentes não precisam ser motivados: todo empresário quer pessoas inteligentes na equipe. Eles são mais rápidos para aprender, se adaptam facilmente e produzem mais. Infelizmente, inteligência e auto-motivação não andam lado a lado, segundo Javitch. Um funcionário inteligente também precisa se sentir motivado.
O especialista cita ainda dez rápidas maneiras de motivar a equipe:
1 - Elogie o funcionário com um “bom trabalho”, ou até mesmo por um bom trabalho realizado parcialmente;
2 - Se um funcionário está desestimulado, envolva-o em discussões sobre maneiras de criar uma atmosfera mais satisfatória, incluindo promoções;
3 - Deixe claro quais são suas expectativas;
4 - Tenha certeza que a função do funcionário envolve uma variedade de atividades;
5 – Deixe claro que a função dele impacta no resultado de um processo;
6 - Tenha certeza que o funcionário sente que a função é significante;
7 - Dê um feedback. Aponte aspectos positivos e negativos do funcionário durante o processo;

8 - Dê autonomia ao funcionário (baseado em experiências prévias, claro);
9 - Amplie as responsabilidade de um funcionário durante a execução de uma tarefa;

10 - Disponibilize a oportunidade de crescer.



...iLtda!

terça-feira, 9 de junho de 2009

''Cada vez mais é em São Paulo que está o lance'

Terça-Feira, 09 de Junho de 2009
Lauro Lisboa Garcia
O Estado de S. Paulo
Caetano Veloso mata a saudade da cidade, onde faz shows na sexta e no sábado

De uns tempos pra cá, durante a série de shows Obra em Progresso e até a realização do recém-lançado CD Zii e Zie, Caetano Veloso tem falado muito de São Paulo. Na sexta e no sábado, ele vem para matar a declarada saudade da cidade, com duas apresentações no Credicard Hall, ao lado da ótima Banda Cê formada por Pedro Sá (guitarra), Marcelo Callado (baixo) e Ricardo Dias Gomes (bateria). Caetano tinha intenção de fazer temporada no Studio SP, mas não foi possível.
Além das novas canções, ele reinterpreta, no formato de "transambas" ou "transrocks", clássicos do repertório de Clementina de Jesus e outros de sua autoria, como Irene, Eu Sou Neguinha? e Não Identificado. Em entrevista por e-mail ao Estado, ele fala da adaptação do show a espaços diferentes, deixa impressões sobre a cidade hoje ("Cada vez mais é em São Paulo que está o lance"). Ele também reafirma sua aversão a drogas, elogia o novo livro de Chico Buarque, Leite Derramado, fala de velhice e de Wilson Simonal.
Desde que lançou o novo álbum, Caetano parou de escrever no blog Obra em Progresso, que deu muito o que falar. Sobre as críticas ao CD, comenta nesta entrevista: "Não apareceu nada em minha cabeça nem no meu coração que me desse vontade de comentar as poucas coisas que li." Eis Caetano:
Você tinha intenção de fazer o show de lançamento de Zii e Zie em São Paulo, no Studio SP, que é um espaço com "conceito", digamos. Tem boa programação voltada para artistas novos, independentes e criativos. É pequeno, bem representativo da "cena contemporânea". O Credicard Hall, onde você vai se apresentar, é o oposto disso tudo. Sabemos que determinados artistas atraem diferentes públicos em relação aos espaços onde se apresentam por aqui. Essa transferência de lugar frustra suas intenções com esse novo trabalho?
Infelizmente não deu pra rolar no Studio SP. Tinha ficado animado quando Alê (Alexandre Youssef, um dos sócios da casa) propôs. Lugares diferentes dão resultados diferentes. Mas o show é maleável. Já o fizemos no Canecão, num teatro em Maceió, em imensos salões de clubes em Belém e Fortaleza e agora ao ar livre na Bahia (na Concha Acústica do Castro Alves). O mais intenso foi o domingo (retrasado) do Canecão. Mas acho que teatros são o melhor para esse show. Nem o Studio SP nem o Credicard Hall são teatros. Mas um teria o charme do ambiente cool e o outro pode ter a energia dos grandes espetáculos - embora o show seja simples e mesmo modesto. Em suma: adoraria fazer no SP, mas, como não sou um artista novo, independente e criativo e sim um medalhão, acho essas casas de show compatíveis com minha condição.
No último texto de seu blog, você diz que Zii e Zie fica "mais perto de São Paulo", que é o que você deseja agora. Em entrevistas anteriores você disse que tinha saudade daqui. O que o impede de passar uma temporada em São Paulo? Quais são seus interesses sobre a cidade neste momento da carreira/vida pessoal?
Meus filhos vivem e estudam no Rio. Afora isso, nada me impede de me demorar mais em Sampa como desejo. Vou fazer isso. Possivelmente no final da excursão. São Paulo sempre me interessou apaixonadamente, desde que descobri seu encanto e suas vantagens. No tropicalismo, foi crucial o encontro com os Mutantes, os poetas concretos, Rogério Duprat e as plateias mais energéticas e mais inocentes de São Paulo. Hoje em dia, a cidade é mais bonita e sua vocação cosmopolita já supera o provincianismo. Cada vez mais é em São Paulo que está o lance.
O público para música no Rio é bem diferente de São Paulo. Sempre foi, mas parece que tem sido mais. Alguns cantores/cantoras têm dito isso abertamente, até com uma ponta de insatisfação por causa do comportamento dispersivo. Zii e Zie, como Velô, passou pelo teste do público antes de ser gravado. Já que boa parte das canções de seu novo álbum é uma declaração de afeto ao Rio e ao mesmo tempo você diz que tem a ver com a saudade que sente de São Paulo, sem querer levantar qualquer questão bairrista, qual sua opinião a respeito das diferenças entre essas plateias?
A plateia carioca da zona sul é tipicamente uma plateia de corte e de capital federal: ela própria está habituada a ser estrela. O que é bonito e desafiador, além de dar lugar a sutilezas de percepção. A plateia paulistana é a de uma superprovíncia conectada ao grande mundo. Está sempre mais apta a acolher coisas novas sem filtrar muito. O Rio foi o filtro por longo tempo. Sampa começa a ser um outro tipo de filtro.


iLtda...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

''Butiques de planejamento'' buscam mudança de conceitos

Marili Ribeiro - O Estado de S. Paulo
Segunda-Feira, 08/06/2009


Pequenos escritórios focados em inovação ganham espaço na área de marketing das empresas

Para entender um tipo de prestação de serviço que ganha espaço na área de marketing das empresas - oferecido por espécies de "butiques de planejamento", contratadas por projeto -, é preciso aceitar que cresce a necessidade de novas ideias sob medida para fazer as mensagens publicitárias chegarem ao consumidor. É uma situação provocada principalmente pelo excesso de informações e conteúdos da era digital. Se, por um lado, as estruturas conhecidas das agências de propaganda tendem a oferecer pacotes que envolvam os anunciantes em várias atividades de suas redes de serviços, por outro, os pequenos escritórios focados em inovação, com operação enxuta, abrem espaço propondo ações exclusivas."Há bem pouco tempo, tudo era diferente no mundo das marcas. O ritmo era mais lento na vida do consumidor e ele era apenas um receptor de mensagens. Trabalhar com marcas era mais simples: a gente estudava o ?target?, entendia quais necessidades poderia preencher e criava uma estratégia de posicionamento, benefícios e valores que iria durar por um período e dar origem a uma campanha publicitária nos meios tradicionais", diz a publicitária Mariane Maciel, da equipe da agência CO.R, criada nesses novos padrões pela profissional da área de planejamento Rita Almeida. A CO.R não faz anúncios, eventos ou qualquer outra peça de comunicação tradicional. Desenvolve propostas a partir do cruzamento de informações levantadas em pesquisas e estudos do universo do cliente, sugerindo um caminho inovador.A trilha escolhida por Rita para vender seu trabalho não difere da opção apresentada ao mercado por outras duas planejadoras com mais de 20 anos de estrada, Denise Bayeux e Cecília Novaes. Ao começarem a empresa Arte da Marca, resolveram oferecer projetos personalizados de pesquisa e arquitetura de marca. "Percebemos que havia demanda para interpretar o negócio do cliente e achar necessidades que pudessem inspirar suas campanhas de comunicação com o mercado", diz Cecília. Um exemplo que ela gosta de contar sobre a atividade de planejamento, que ganhou relevância dentro das agências há pouco mais de dez anos, é o trabalho do qual participou para tornar a marca de amaciante de roupas Mon Bijoux uma concorrente efetiva da líder Comfort. "As pesquisas indicavam que os atributos de produto eram iguais entre ambos, mas o Comfort oferecia uma promessa de maciez que impregnou o inconsciente do consumidor", lembra Cecília. "Durante o processo de avaliação, levantamos que o perfume era um canal inexplorado na categoria. Partimos então para uma campanha cujo jingle pegou: me aperta, me cheira, me chama de Mon Bijoux. A disputa das marcas se equilibrou, o que parecia impossível." Com o consumidor sendo bombardeado por propostas em diferentes meios e que se renovam em um ritmo acelerado, surgiu uma nova demanda para os profissionais que se dedicam à gestão de marcas. "É preciso construir uma estratégia, mas logo em seguida atualizá-la, reformá-la e, às vezes, desconstruí-la para inovar em seguida. Para falar a verdade, todo mundo ainda está aprendendo a operar assim", diz Mariane, da CO.R.A dona da empresa Rita, que passou por agências renomadas como AlmapBBDO, Loducca e Talent, enxergou a oportunidade de negócio e, em dois anos de existência, a CO.R já realizou 60 projetos. "A proposta é partir do zero para poder renovar os conceitos existentes e a forma com que a empresa se relacionar com os seus consumidores", diz Rita.Foi assim que surgiram projetos como, por exemplo, achar a melhor forma de processar a transição da marca de telefonia BrT para a Oi, nas regiões Sul e Centro-Oeste. Depois de dois meses viajando pelas áreas onde a mudança de marca se daria, a CO.R levantou os valores que precisariam ser mantidos, assim como detectou as cinco cidades que, pela forte influência que exercem, poderiam abrir as portas de toda a região para a marca Oi, que comprou a BrT.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vint Cerf e o futuro do jornalismo

28.05.09
Renato Cruz,
O Estado de S.Paulo
Seção:
Internet, Jornalismo 20:08:26.

Vint Cerf é chamado de "pai da internet". Ao lado de Robert Kahn, ele criou na década de 1970 o TCP/IP, protocolo que permite a conexão de redes de tecnologias diferentes, adotado pela rede mundial. Atualmente vice-presidente do Google, Cerf falou hoje (28/5) sobre o futuro do jornalismo, entre outros temas, em São Paulo.
Os jornais americanos estão em crise. No mundo todo, os meios de comunicação convencionais, como o jornal, o rádio e a TV, enfrentam o desafio de se adaptar à internet. "Os modelos de negócio que funcionaram no passado eram muito presos à economia dos diferentes meios de comunicação", diz Cerf. "Eu acho que a economia da internet é suficientemente diferente para que os modelos de negócios que sustentaram a indústria da notícia tenham que se adaptar."
Por exemplo, uma editora instala um parque gráfico e ele serve somente para imprimir papel. Uma emissora de TV investe em um transmissor, e a única coisa que ele faz enviar o sinal televisão. A internet usa uma infraestrutura de computadores que tem como único limite a capacidade de criação dos programadores. "A indústria de notícias pode entregar todo o tipo de conteúdo, como textos, vídeos e áudio, pela internet", aponta Cerf. "O mundo se torna mais complicado, porém mais rico."
Foto:
Joi Ito/Creative Commons
28.05.09
por Antonio Prata, Seção: Crônica do Guia 15:09:10.
O Estado de S. Paulo



Antes de ser uma mensagem indesejada, o Spam era uma marca de presunto. Aí o Monthy Python fez um sketch em que o garçom anunciava os pratos: arroz com spam, carne com spam, macarrão com molho de spam, suco de laranja... com spam, e assim ia, ad infinitum. E spam virou sinônimo da onipresença indesejada. E quando começaram os "enlarge your penis" e os "buy swiss watches!" e os "a DELL está dando lap tops de graça", alguém lembrou-se dos onipresuntos e pronto, estava batizada essa praga do terceiro milênio.